quinta-feira, 22 de agosto de 2024

O LIVRO SUA MAJESTADE C (Cem) - Pequenos trechos de 10 livros entre os 100 aqui publicados

 





Ao completar minha CENTÉSIMA postagem sobre O LIVRO SUA MAJESTADE, vou trazer neste post alguns pequenos trechos de 10 livros. Teria passagens interessantes de todos os 100 livros, mas para não ficar "textão", escolhi 10 que gostei muito. Não estão em ordem de preferência nem de postagem, pois não saberia ranqueá-los. Lá vai, então:






1. O Conde de Monte Cristo: "Aprender não é saber; há sabidos e sábios; é a memória que faz os primeiros, é a filosofia que faz os outros". "As feridas morais têm uma particularidade: elas se escondem, mas não se fecham. Sempre dolorosas, prontas a sangrar quando tocadas, elas permanecem vivas e abertas no coração."


2. Musashi: "Não perca tempo e energia querendo ser igual a esse ou aquele homem. Em vez disso, veja se consegue ser uma personalidade sólida, inabalável como o monte Fuji. Se conseguir, não terá de se preocupar em impressionar as pessoas, pois elas o olharão com respeito naturalmente."                                                                                          "O sol já se punha a meio no extremo da campina. Gonnosuke apressou-se a seguir caminho, puxando o cavalo pela rédea: o animal tinha sido emprestado ao seu mestre, e não a ele. Ninguém estava ali para conferir, mas ele jamais o cavalgaria."
3. A Desobediência Civil: "O que faz falta são homens constituídos não de astúcia, mas de probidade."
"Quando queremos mais cultura do que batatas, e mais esclarecimentos do que guloseimas, então os verdadeiros grandes recursos de um mundo são explorados e extraídos, e o resultado, não são escravos ou operários, mas homens."

4. Duas Mulheres da Galileia: "A verdade era que eu não tinha intenção de ouvir os discursos ou conhecer os ensinamentos de Jesus. Queria apenas que ele salvasse minha vida. Uma vergonha momentânea tomou conta de mim, algo incomum para a esposa do procurador de Herodes."


5. O Cavaleiro Inexistente: "Muitas vezes o poder absoluto faz perder todo o freio mesmo aos monarcas mais justos, gerando, assim, o arbítrio.""


6. O Barão nas Árvores: "A loucura é uma força da natureza, no mal ou no bem, enquanto a cretinice é uma fraqueza da natureza, sem contrapartida."

Livros 4, 5 e 6


7. Ariadne contra o Minotauro:
"Muitas pessoas conhecem a existência desse subterrâneo? Somente eu e o rei Minos. E os operários? Os escravos que os cavaram? Não seja ingênua. Em casos como este, eles são mortos após a conclusão da obra. Segredo de estado."
"O mito fica a meio caminho entre a fé e a razão, entre fantasia e a informação."


8. A Boneca de Kokoschka: "Não é o tempo que nos envelhece, é o tempo mal gasto. É o contexto que cria a arte e o drama, a desgraça e a felicidade."  "A memória é como uma boneca russa, cheia de camadas, cada uma delas escondendo outra parte da nossa história." 
 "No fundo, todos somos bonecas, modelados pelas mãos do tempo e da experiência, carregando as marcas de quem nos moldou."
9. A Divina Comédia:

"Não há maior dor do que recordar a felicidade nos tempos de miséria."
"Quem és tu que queres julgar, com vista que só alcança um palmo, coisas que estão a mil milhas?"

"A vontade, se não quer, não cede, é como a chama ardente,
que se eleva com mais força quanto mais se tenta abafá-la."

"A contradição não consente o arrependimento e o pecado ao mesmo tempo." 

"A fama que se adquire no mundo não passa de um sopro de vento, que ora vem de uma parte, ora de outra, e assume um nome diferente segundo a direção de onde sopra."








10. A Livraria Mágica de Paris: "As burrices do amor são as mais bonitas. Mas, se paga muito caro por elas." 

"O hábito é um deus perigoso, vaidoso. Não permite que nada interrompa seu reinado. Mata um desejo atrás do outro." 
"Perdu utilizava os ouvidos, os olhos e o instinto. A partir de uma simples conversa, era capaz de identificar em uma alma o que lhe faltava."

"Eu vendo livros como remédios. Existem livros que servem para um milhão de pessoas; outros para uma centena apenas. Há até remédios, perdão, livros que são escritos para uma única pessoa."

"Ouvir em silêncio era a base para a avaliação profunda da alma."


Assim, depois desta pequena retrospectiva, quero agradecer meus amigos que ao longo dos últimos 10 anos prestigiaram, com sua visita e leitura, este Blog.



Já são mais de 54.000 visitas desde que o Blog foi criado.

Estou muito contente, pois o objetivo do blog é proporcionar informações e entretenimento aos leitores, ao mesmo tempo em que me permite desfrutar do processo criativo. É uma alegria poder compartilhar conteúdos que possam agregar valor a quem os consome, enquanto também encontro satisfação e prazer na escrita.
Assim, o blog se torna um espaço de troca mútua, onde cada postagem é uma oportunidade de aprendizado e diversão, tanto para mim quanto para quem o acompanha.


Obrigado!!!!

Professor Mario Mello

sábado, 17 de agosto de 2024

O LIVRO SUA MAJESTADE XCIX - O GUARDIÃO DE LIVROS

 Sempre que vejo livros falando sobre livros tenho uma enorme curiosidade e atração para lê-los. Descobri este livro por uma "dica" de minha sobrinha Carla Cielo, que como eu adora livros.

Assim foi com o livro "O Guardião de Livros" escrito em 2010 por Cristina Norton. Trata-se de um livro de não ficção ficcionada, como diz a autora. São personagens reais que tiveram um pouco de ficção, porém a autora diz não revelar. Diz a autora: guardo o segredo de quais são as partes ficcionadas e quais não são. 

O livro trata da chegada da Família Real ao Brasil em 1808, ou melhor da saída da Família Real de Portugal. Com a invasão de Napoleão Bonaparte em Portugal, D. João VI se viu obrigado a abandonar Portugal.

D. João VI sempre foi interessado por livros e tinha a Real Biblioteca do Palácio da Ajuda em Lisboa. Mandou seus bibliotecários acondicionarem toda a valiosa biblioteca em caixas para serem transportadas ao Brasil. O que aconteceu foi que a pressa da partida em 1808, fez com que as caixas com todos os livros e documentos da biblioteca, ficassem esquecidas no cais do porto durante a apressada saída da corte portuguesa.

Porém, três anos depois D. João VI ordenou que novamente tudo fosse encaixotado e remetido ao Brasil e quem deveria acompanhar o tesouro era o jovem bibliotecário Luís Joaquin do Santos Marrocos, que é nosso protagonista da história. 

Marrocos vem contra sua vontade ao Brasil. Nos primeiros meses se comunica com o pai (e família), também bibliotecário em Lisboa, sempre denegrindo a imagem do Rio de Janeiro dizendo que que vinha de Lisboa desmaiava e esmorecia, pela cidade fétida e cheia de "pretos". Marrocos adoece logo em seguida e passa muito mal. Antes disso já tinha comprado um escravo que foi quem o ajudou a superar as enormes dificuldades de adaptação. 

Com o passar do tempo, Marrocos foi apresentado a uma família que veio de Portugal, mas os filhos eram brasileiros. Conheceu Ana por quem se apaixonou loucamente. Ana engravidou antes do casamento o que era uma desonra para toda a família. A história gira muito em cima deste episódio que modifica a vida de Marrocos e da família de Ana.

Aí vem passagens como uma escrava muda que revela um segredo de 200 anos, um escravo que se apaixona por quem não deveria, a família de Marrocos em Portugal que não aceita ele se casar com uma brasileira, a amizade de Marrocos com D. Pedro I, que o impede de regressar a Portugal, as aventuras amorosas de D. Pedro I e as providências de seu pai para esconder os escândalos. 

Cristina Norton
Enfim, a autora que a partir de uma profunda pesquisa nos arquivos das bibliotecas do Brasil e Portugal, analisou 186 cartas que Marrocos escrevia ao pai e cujas respostas foram mínimas a estas cartas gerando um grande e irrecuperável desgosto em Marrocos, nos traz este romance incrível, apaixonante e que resgata uma parte importante da história do Brasil.

Um livro super interessante que traz muitos fatos históricos tanto do Brasil como de Portugal e que também mostra o desassossego de pessoas, como do protagonista Marrocos, com a saída compulsória de Portugal. Mostra ainda a arrogância e a discriminação de alguns portugueses da época com o Brasil.

É uma leitura imperdível tanto para entretenimento como para relembrar fatos históricos do nosso Brasil colônia.

Boa leitura!!!

Professor Mario Mello


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