O Morro dos Ventos Uivantes, romance de Emily Brontë, é um daqueles livros que não pode deixar de ser lido.
Nascida na Inglaterra em 1818, Emily era a mais isolada das três irmãs filhas de um pastor anglicano.
Mas, só este livro serve para consagra-la.
As páginas são lado a lado o que facilita e leitura e ao mesmo tempo permite aquela boa espiadinha ou no inglês ou no português para a tradução simultânea.
Seu romance tem uma música especial: selvagem, melancólica e elevada.
O morro dos ventos uivantes é uma história real vivida no início do século XIX no interior da Inglaterra.
O protagonista Mr. Heathcliff, foi um menino adotado e criado numa fazenda. Quando adulto, tornou-se um homem frio, malvado e calculista, cometendo todo tipo de atrocidades com as pessoas à sua volta.
A história trata de um amor não correspondido de Catherine, filha dos donos da fazenda, por Heathcliff.
Local onde provavelmente ocorreu a história |
É uma história de muito rancor levando o leitor a uma angústia até o final do livro.
As atrocidades cometidas por Mr. Heathcliff por não ter tido o amor de Catherine não são físicas, embora aconteçam algumas. São torturas psicológicas que deixam marcas profundas nos personagens da história.
A única pessoa que Mr. Heathcliff respeitava era Nelly. Nelly era uma governanta da fazenda onde ele foi adotado e o tratava bem, quando menino, ao contrário do pai adotivo.
Catherine casou-se com outro e isso enlouqueceu Heathcliff.
Ele não suportava mais a convivência humana. Foi tornando-se a maldade em pessoa.
É uma história tão bem escrita por Emily Brontë que prende o leitor, mesmo angustiado, o tempo todo.
Na contra capa do livro, tem um trecho das palavras de Mr. Heathcliff e seu sofrimento pela perda de Catherine.
Confesso que foi uma das histórias mais impressionantes que já li.
A capacidade da escritora mexer com o psicológico do leitor é algo raro, pelo menos para mim.
Recomendo muito a leitura desse clássico da literatura mundial pois parece ser uma história comum de um amor não correspondido, mas trata-se de uma complexidade psicológica impressionante.
Boa leitura!
Professor Mario Mello