Camila |
Texto escrito por Camila Bortolatto Rodrigues
Graduada em Química Industrial pela UFSM(2014)
Sair da Caixa
Sair da caixa: o primeiro grande passo para a liberdade.
Recentemente li um livro pelo qual me identifiquei extremamente. O tema principal abordado tratava-se de sair do senso comum, fazer coisas pelo qual você tivesse vontade, e, não coisas pelo qual a sociedade dita ser o correto.O fato de eu ter me identificado com ele foi pelo seguinte motivo: desde que ingressei no curso de Química Industrial fui influenciada de todos os lados por parte da maioria dos professores a seguir a carreira acadêmica, me formar, fazer mestrado, doutorado, tornar-me professora, e, investir profundamente na área da pesquisa. Senti-me desmotivada muitas vezes por acreditar estar no curso errado, e, também por ter pouco apoio para seguir um caminho diferente.
Meu maior sonho era entrar para o mercado de trabalho e tornar-me independente financeiramente, o que provavelmente não seria tão fácil se seguisse a carreira acadêmica, pois teria de me dedicar exclusivamente aos estudos, e, não teria tempo extra para outra atividade. Não desprezo àqueles que preferem seguir na pesquisa ou lecionar, acho até incrível o poder que alguns têm de fazer novas descobertas em prol da sociedade ou passar a sabedoria adiante, só realmente acredito não ser para mim. Foi por isso que ao final do curso busquei incansavelmente um estágio fora da universidade, a fim de que eu pudesse ver o outro lado da moeda.
Não foi fácil, foram várias entrevistas de estágio, até que de repente alcancei o objetivo esperado. Para mim foi de certa forma uma vitória, sair do caminho corriqueiro de se formar e seguir a carreira acadêmica. O nome do curso que me formei chama-se Química Industrial, e, por incrível que pareça, poucos dos que se formam realmente vão para indústrias, contraditório, não? Felizmente consegui "sair da caixa", criar coragem para novos desafios, novas experiências, relevar todas as críticas de muitos professores quando disse " pretendo me formar e ir trabalhar ao me tornar uma pesquisadora".
Como todo profissional, não devemos jamais parar de estudar, atualizar-se em sua área de atuação, o que devemos de fato é fazer o que gostamos independente se para isso precisamos deixar de seguir a "boiada" e percorrermos um caminho novo. Há um trecho do livro que diz o seguinte: "Depois de serem criticados e desprezados durante anos por contrariar a ditadura do senso comum, aqueles que conseguirem se libertar e alcançar o sucesso receberão os famosos tapinhas nas costas dos puxa-sacos de plantão, seguidores fiéis do senso comum que, perplexos dirão: "esse deu sorte..." tá bom, sorte". Não posso enxergar o futuro, mas posso afirmar desde já que estou contente com a escolha que fiz.
Com isso, venho compartilhar a experiência e encorajar aqueles que estão "em cima do muro", e, querem desesperadamente "sair da caixa", não tenham medo de fazer algo novo, questionem-se, não permitam que lhe imponham fatos sem antes verificar a verdade.
Saiam da caixa, libertem-se, ser diferente é normal, acreditem.
Camila
PS: A Camila foi uma das excelentes alunas que tive na UFSM.
Era perceptível sua vontade de fazer diferente.
Parabéns Camila e siga em frente "fora da caixa".
Publicando hoje (23.02) seu texto no blog, faço uma singela homenagem à Camila
pois é dia do seu aniversário.
Professor Mario