A nona novela que li, das dez "Novelas Imortais", organizadas pelo escritor Fernando Sabino, chama-se "Sílvia".
Escrita por Gérard de Nerval (1808-1855), um dos mais importantes autores da literatura francesa, também foi um dos mais emblemáticos representantes do romantismo francês.
Gérard de Nerval |
Neste clássico da literatura do século XIX, presente e passado se alternam na figura de um narrador apaixonado que parece não entender muito bem o objeto do seu desejo.
Nosso protagonista é um jovem apaixonado por três mulheres: Silvia, Adriana e Aurélia.
A idealização romântica dos sentimentos, a eterna busca pela completude e a dúvida acerca do verdadeiro amor, são os ingredientes básicos desta incrível novela e desta jornada sentimental que mistura fantasia e realidade.
A novela traz encontros e desencontros do protagonista pela realização da paixão verdadeira. Sílvia foi o primeiro amor; Adriana uma noviça de origem nobre por quem o jovem se apaixonou e Aurélia uma atriz de teatro por quem se encantou desde a primeira vez que a viu.
Nessa procura desesperada pelo amor de uma das três mulheres o jovem se perde completamente.
Diz nosso protagonista: "Tais são as quimeras que nos encantam e nos alucinam na aurora da vida. Tentei fixá-las sem método nem ordem, porém muitos corações me compreenderão."
Depois de conhecer Adriana e Aurélia, o jovem volta à sua cidade natal em busca do amor de infância, Sílvia. Depois de algumas desilusões fica a pergunta: onde está o amor?
De trapalhada em trapalhada, o jovem leva Silvia a um castelo onde ouvira Adriana cantar e pede para Silvia cantar.
Sempre desafiando o passado, nosso jovem tenta de todas as maneiras derrotar sua maior inimiga: a solidão. Será que consegue?
O final da história é muito instigante!
É, sem dúvida, uma bela novela!
Não deixe de ler!
Professor Mario Mello