quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

Os Oito Odiados - A oitava maravilha de Tarantino



O filme lançado aqui no Brasil dia 07 de janeiro de 2016, chamado "Os Oito Odiados" do consagrado diretor Quentin Tarantino, sem dúvida é sua oitava maravilha.
Depois de "Django Livre" lançado em 2013 Tarantino se supera e produz esta maravilha de faroeste.
Resultado de imagem para os oito odiadosComo me criei vendo filmes de faroeste em cinema onde as cadeira ainda eram de madeira, este gênero me fascina e me comove.

Assistir "Os Oito Odiados" é uma obrigação (no sentido de prazer) para os amantes do faroeste. 
Digo que  se superou pois ele conseguiu criar um filme onde não há herói. 
Resultado de imagem para os oito odiadosTodos os personagens tem suas glórias, porém também suas mazelas.
Resultado de imagem para os oito odiadosDiria eu apenas: genial !!!!!

Resultado de imagem para os oito odiadosCom Interpretações antológicas, principalmente de Daisy Domergue (Jennifer Jason Leigh) e do Major Marquis Warren (Samuel L.Jackson) Tarantino conseguiu dar ao filme, talvez o que ele tenha de melhor: não tem o herói convencional.

Resultado de imagem para os oito odiadosComo livros, temos também nossos filmes preferidos . Este é um dos melhores faroestes que já assisti. Quase toda a trama acontece dentro de uma casa de abrigo para viajantes no meio das montanhas geladas de Wyoming. Caçadores de recompensa e bandidos são os protagonistas. A história é tão boa que não necessita de grandes cenários. Os personagens ficam confinados na cabana pois uma nevasca severa não permite que continuem suas viagens.

 Eu tenho alguns motivos para recomendar o filme, mas veja os oito motivos que Quentin Tarantino dá para assistir o filme:

1. Enio Morricone é quem fez a trilha sonora. E não falo como compositor de filmes, eu gosto mais dele do que de Beethoven.
2. O filme não tem herói. Não há um senso de moral para você se apoiar. Cada personagem tem um passado que aos poucos vai se revelando.
3. Questões de raça não são ignorados, acho que isso pode contribuir para o gênero.
4. A ideia de paranoia pairando no ar foi inspirada em alguns filmes como "A Coisa".
5. Há uma conexão forte deste novo trabalho com meu primeiro filme "Cães de Aluguel". Mas acho que ao longo do tempo meus roteiros foram se tornando mais literários, teatrais e poéticos.
6. A cor vermelha está na minha paleta. É como o sangue no cinema. Eu o uso como uma pintura que pode expressar beleza, graça ou terror.
7. A maioria dos papéis que escrevi foram para atores homens como Samuel L. Jackson, Tim Roth e Kurt Russel. Mas o papel de Jennifer Jason Leigh precisou se revelar. A Jennifer era o que eu precisava.
8. Sobre eu colocar uma mulher sofrendo no filme nestes tempos em que discutimos violência contra a mulher, acho que Daisy Domergue é a personagem mais durona do filme inteiro. Tudo mundo que está trancado na cabana é durão. Mas ela é mais.

Bem, para quem gosta dos velhos faroestes, está aí a "oitava maravilha", claro, do Tarantino.
Imperdível !!!!

Professor Mario Mello

PS: O texto foi escrito pensando em como tem pessoas genias. O roteiro criado por Tarantino é  genial !!!!   #tarantino# #faroeste# #genial#

domingo, 10 de janeiro de 2016

O Livro sua Majestade XV - Sobrevivente


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Chuck Palahniuk

Iniciei minhas leituras em 2016, com um jovem autor americano chamado Chuck Palahniuk.
O título do livro "Sobrevivente" é uma espécie de comédia demente, de pesadelos e uma crítica à sociedade ocidental.

Seu estilo de prosa é envolvente, de enredo chocante que mantém o leitor como refém até o fim de suas páginas.

O protagonista e narrador Tender Branson é o último membro de uma seita de fanáticos religiosos, chamada Crente.

Envolvendo suicídios, fanatismo religioso, trabalho de assistência social, fama, dinheiro e solidão, Tender Branson torna-se um "sobrevivente" cujo drama pessoal vai ficando insuportável para ele. 

O protagonista sequestra um Boeing 747-400, voo 2039 e narra toda sua história de vida a partir deste sequestro.

É uma história cheia de ironia e sarcasmo onde qualquer um pode virar modelo de qualquer coisa.

Uma crônica de um jornal de São Francisco, EUA, diz:
"Um passeio com anfetaminas violentas pelas excentricidades da fama e da natureza da fé."

Temos visto muito disso, aqui no Brasil: a exploração da fé.

Primeira página é a 353
Por várias razões este livro, que não é um "best seller", considerei genial. 
Uma das razões, que ainda não tinha visto em nenhum livro, é que ele começa pelo fim. Sua primeira página é a de número 353 e vai diminuindo até a última página que é a de número 1.

Achei genial este detalhe.

Outro detalhe importante do livro é que "agentes midiáticos" criam celebridades que uma boa parcela da população "engole". Um sujeito decadente, como nosso protagonista, se transforma num sujeito seguido e amado por muitos. 
Muito parecido com o que acontece por aqui, também.
O livro também nos mostra como é danoso o "fanatismo". Reflexão...

De fato Palahniuk consegue prender o leitor até a página 1 com muita astúcia.

Para finalizar:
Ler é bom, simplesmente.

Professor Mario Mello

PS: Este texto foi escrito pensando na exploração da fé que acontece também aqui no Brasil. Igrejas arrecadando sacos e sacos de dinheiro para alimentar privilégios de poucos.
#exploração# #fé# #nãosedeixeenganar#