Como professor (nome do qual me
orgulho muito) não posso deixar de me manifestar neste momento que acredito ser
histórico para nosso país. Vou escrever aqui sobre uma das pautas de reivindicação
dos movimentos que tomaram as ruas e as mentes do país: a educação e os
professores(as).
Não vou chamar professor como
profissional (embora seja uma profissão), pois acredito que ser professor(a)
está além de uma profissão. Professor é um dom, é uma responsabilidade enorme
para com a formação de jovens, é uma missão, é uma doação e também uma
constante preocupação com os alunos, jovens, que construirão o futuro do país.
Nestes últimos dias de
manifestações pelo país, aparecem muitas pessoas defendendo melhores salários
para os professores, melhores escolas, maiores verbas para a educação, enfim,
uma série de reivindicações justas e necessárias para a educação de um povo que
quer evoluir.
Mas, neste contexto, é preciso
fazer algumas reflexões de que somente levantar estas bandeiras não é o
suficiente.
Pouco vai adiantar ter melhores
salários, mais e melhores escolas aparelhadas em sua infraestrutura, se não
houver por parte de alunos pais e sociedade em geral um atributo tão em desuso.
O RESPEITO PELO PROFESSOR
Somos uma categoria não só
desvalorizada pelos baixos salários mas principalmente no dia-a-dia nas salas
de aula por alunos que faltam com o respeito com o professor. Desvalorizados
por pais que normalmente se posicionam a favor dos filhos em detrimento de uma
disciplina que é necessária no ambiente escolar. Desvalorizados pela sociedade
que muitas vezes desdenha da missão que é ensinar. Desvalorizados pela mídia em
geral que dá muito mais valor e espaço para políticos corruptos do que para
professores formadores de jovens e do futuro.
Enfim, é necessário que alunos e pais se questionem: Estou fazendo eticamente minha parte? Eu respeito o professor? Eu vou à aula só para encontrar com amigos e o professor é um mero coadjuvante? Quando passo boa parte da aula mexendo no telefone celular estou respeitando o professor? Nas conversas paralelas durante as aulas respeito o professor que está compartilhando seu conhecimento com todos na sala de aula? O “jeitinho” que sempre dou para algumas vezes dar uma “enganadinha” no professor é respeitá-lo? Estou de corpo e alma nas aulas, ou só com o corpo? Reconheço no professor alguém que está ali para me ajudar a crescer? Várias outras perguntas podem ser feitas....
Enfim, é necessário que alunos e pais se questionem: Estou fazendo eticamente minha parte? Eu respeito o professor? Eu vou à aula só para encontrar com amigos e o professor é um mero coadjuvante? Quando passo boa parte da aula mexendo no telefone celular estou respeitando o professor? Nas conversas paralelas durante as aulas respeito o professor que está compartilhando seu conhecimento com todos na sala de aula? O “jeitinho” que sempre dou para algumas vezes dar uma “enganadinha” no professor é respeitá-lo? Estou de corpo e alma nas aulas, ou só com o corpo? Reconheço no professor alguém que está ali para me ajudar a crescer? Várias outras perguntas podem ser feitas....
Enfim, diante de cenas tão
emblemáticas com o “grito nas ruas” e a vontade de mudança que os jovens estão
clamando, não deixe passar este momento importante na vida de todos nós. A
bandeira da educação é certamente a que mais devemos levantar, pois a educação
é base para todas as outras reivindicações. Um povo culto é um povo com futuro.
Um povo culto não se deixa manipular. Um povo culto fiscaliza, não aceita
jeitinhos. Um povo culto necessita de educação. UM POVO CULTO RESPEITA SEUS
PROFESSORES.
Professor Mario