Escrita por Leonid Andreiev (1871-1919), um dos mais importantes autores de contos da literatura russa, também foi um dos mais emblemáticos escritores pessimistas. Sua obra literária é povoada de infelizes personagens que inspiram compaixão.
Leonid Andreiev |
Andreiev discute na novela o sentido da vida a partir da prisão, e, muito mais que isso, a dúvida sobre a legitimidade da pena de morte.
A novela conta a rápida trajetória de sete condenados ao enforcamento, que vão para uma prisão de segurança máxima para aguardar a temida hora da execução.
Desses sete condenados, cinco são jovens ativistas que planejaram a morte de um ministro. Foram delatados por alguém e assim impedidos de praticar o atentado sendo presos, julgados e condenados. Dos outros dois condenados um era um ladrão e outro um assassino confesso.Colocados na prisão, em celas individuais, aguardavam angustiados e torturados psicologicamente (por eles mesmos) à espera da morte. Em uma passagem da novela, uma dos condenados reflete:
"Nunca pensara na morte, e não fazia dela uma imagem clara - mas agora percebia-a nitidamente; via-a, sentia que ela penetrara na cela e tateava à procura dele. Para salvar-se, pôs-se a correr pela cela exígua, enlouquecido."
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